... o vermelho rubro das papoilas ...
APR
domingo, 10 de junho de 2007
Sem título
Publicada por EdM à(s) 16:17
Etiquetas: O Jardim do Mundo
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Plataforma 3: de 6 Outubro a 30 Dezembro de 2007
... o vermelho rubro das papoilas ...
APR
Publicada por EdM à(s) 16:17
Etiquetas: O Jardim do Mundo
7 comentários:
Safo?
Eu Vos Rogo, ó Cretenses
(…)
Apanhando grinaldas, vem, ó Cípris,e dá-me um pouco desse claro néctar que tão graciosa serves para a festa,em taças de ouro.
Safo
...o branco leite das amendoeiras...
Intertextualidades
n'O Jardim do Mundo"
Convocar a alegria.O vermelho da alegria, da Festa com APR e Safo e Cesario e Chico Buarque e todos os que se quiserem, quem quiser vir...
"... o vermelho rubro das papoilas ..."
APR
----------------
"( …)Apanhando grinaldas, vem, ó Cípris,
e dá-me um pouco desse claro néctar
que tão graciosa serves para a festa,
em taças de ouro."
Safo
-------------------------
"DE TARDE
Naquele «pic-nic» de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão de ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!"
Cesario Verde
-------------------
"Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim."
Chico Buarque
... o vermelho rubro das papoilas ...
papoila...
rubra de desejo,
vermelha de paixao.
Um sopro a acorda,
uma caricia a mata...
"(..)Madre, moiro d' amores que mi deu meu amigo,
quando vej' esta cinta,*** que por seu amor cingo.
Alva e vai liero. Madre, moiro d' amores que mi deu meu amado,
quando vej' esta cinta, que por seu amor trago.
Alva e vai liero.
Quando vej' esta cinta, que por seu amor cingo,
e me nembra, fremosa, como falou comigo.
Alva e vai liero.
Quando vej' esta cinta, que por seu amor trago
e me nembra, fremosa, como falamos ambos.
Alva e vai liero. "
D. Dinis, Cantigas de Amigo
*** "cinta de fina escarlata", Camões
É lamentável que a Fundação Gulbenkian não perceba que esta foi um legado para o País e não exclusivamente para Lisboa.
Nesta Pátria macrocéfala, os homens e mulheres tidos como cultos e que nesta instituição tomam decisões, não têm a dimensão mundialista que tinha o autor do legado. É pena!
E porquê aqui, so agora, JV?
Acaso foi a poesia que o incomodou?
Elle vous dérange?
Enviar um comentário