domingo, 10 de junho de 2007

Sem título

... o vermelho rubro das papoilas ...

APR

7 comentários:

Anónimo disse...

Safo?

Anónimo disse...

Eu Vos Rogo, ó Cretenses

(…)
Apanhando grinaldas, vem, ó Cípris,e dá-me um pouco desse claro néctar que tão graciosa serves para a festa,em taças de ouro.

Safo

Anónimo disse...

...o branco leite das amendoeiras...

Anónimo disse...

Intertextualidades
n'O Jardim do Mundo"

Convocar a alegria.O vermelho da alegria, da Festa com APR e Safo e Cesario e Chico Buarque e todos os que se quiserem, quem quiser vir...

"... o vermelho rubro das papoilas ..."

APR

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"( …)Apanhando grinaldas, vem, ó Cípris,
e dá-me um pouco desse claro néctar
que tão graciosa serves para a festa,
em taças de ouro."

Safo

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"DE TARDE

Naquele «pic-nic» de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão de ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!"


Cesario Verde
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"Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim."

Chico Buarque

Anónimo disse...

... o vermelho rubro das papoilas ...

papoila...
rubra de desejo,
vermelha de paixao.
Um sopro a acorda,
uma caricia a mata...



"(..)Madre, moiro d' amores que mi deu meu amigo,
quando vej' esta cinta,*** que por seu amor cingo.
Alva e vai liero. Madre, moiro d' amores que mi deu meu amado,
quando vej' esta cinta, que por seu amor trago.
Alva e vai liero.
Quando vej' esta cinta, que por seu amor cingo,
e me nembra, fremosa, como falou comigo.
Alva e vai liero.
Quando vej' esta cinta, que por seu amor trago
e me nembra, fremosa, como falamos ambos.
Alva e vai liero. "

D. Dinis, Cantigas de Amigo

*** "cinta de fina escarlata", Camões

Jaime Valverde disse...

É lamentável que a Fundação Gulbenkian não perceba que esta foi um legado para o País e não exclusivamente para Lisboa.
Nesta Pátria macrocéfala, os homens e mulheres tidos como cultos e que nesta instituição tomam decisões, não têm a dimensão mundialista que tinha o autor do legado. É pena!

Anónimo disse...

E porquê aqui, so agora, JV?
Acaso foi a poesia que o incomodou?
Elle vous dérange?