© Rui Gonçalves
À distância, o tríptico hard de Paulo Nozolino (Lisboa, 1955).
Nas palavras de António Pinto Ribeiro, «uma denúncia do poder tenebroso do dinheiro».
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Bronze, Aço e Papel
Publicada por EdM à(s) 15:34
Etiquetas: Plataforma 3
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10 comentários:
"Bronze, Aço e Papel"
"À distância", vê-se mal. Não se distingue a cabeça (?) ao lado do corpo...
Caro Anónimo,
É de propósito. No entanto, se clicar em cima da imagem...
Cumprimentos,
EdM
"Nas palavras do curador António Pinto Ribeiro, «uma denúncia do poder tenebroso do dinheiro»."
Tão "hard" como "l'origine du monde", pelas associações em triptico. Mais pressentido do que realmente visto...aqui
Sim, clicamos. Mas queriamos aproximar-nos e não conseguimos...
Obrigado
O estado do corpo
Em "L'origine du monde" o corpo é rosa, cheio, recebe e guarda o desejo; no triptico de Paulo Nozolino o corpo é exsangue, frio. é " uma denuncia do poder tenebroso do dinheiro"...
O estado do corpo
Falamos de "cor", no sentido do que vem de dentro, porque vemos mal nesta "toile". De dentro, sentimos que o triptico de PN não " hard". O corpo esta ardido/fodido/perdido. PN escancarou-o para o "guardar".
“Hardem”
"hard" o sexo
ainda mais as línguas
consoantes
nas vogais surdas/mudas
breves longas
abertas fechadas em
ditongos
crescentes descrescentes.
...decrescentes
"Bronze, Aço e Papel"
"un tableau est un objet qui nous regarde et nous transforme à notre tour en tableau"
Lacan
TRIPTICO
I
Transforma-se o amador na coisa amada com o seu/
feroz sorriso, o dentes,/
as mãos que relampejam no escuro. Traz ruido
e silêncio. Traz o barulho das ondas frias/
e das ardentes pedras que tem dentro de si./
E cobre esse ruido rudimentar com o assombrado/
silêncio da sua ultima vida./
O amador transforma-se de instante para instante,/
e sente-se o espirito imortal do amor/
criando a carne em extremas atmosferas, acima/
de todas as coisas mortas.
...
Herbberto Helder, Ou o poema continuo, Assirio e Alvim, 2004.
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