segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Bronze, Aço e Papel


© Rui Gonçalves

À distância, o tríptico hard de Paulo Nozolino (Lisboa, 1955).

Nas palavras de António Pinto Ribeiro, «uma denúncia do poder tenebroso do dinheiro».

10 comentários:

Anónimo disse...

"Bronze, Aço e Papel"

"À distância", vê-se mal. Não se distingue a cabeça (?) ao lado do corpo...

EdM disse...

Caro Anónimo,

É de propósito. No entanto, se clicar em cima da imagem...

Cumprimentos,
EdM

Anónimo disse...

"Nas palavras do curador António Pinto Ribeiro, «uma denúncia do poder tenebroso do dinheiro»."

Tão "hard" como "l'origine du monde", pelas associações em triptico. Mais pressentido do que realmente visto...aqui

Anónimo disse...

Sim, clicamos. Mas queriamos aproximar-nos e não conseguimos...

Obrigado

Anónimo disse...

O estado do corpo

Em "L'origine du monde" o corpo é rosa, cheio, recebe e guarda o desejo; no triptico de Paulo Nozolino o corpo é exsangue, frio. é " uma denuncia do poder tenebroso do dinheiro"...

Anónimo disse...

O estado do corpo

Falamos de "cor", no sentido do que vem de dentro, porque vemos mal nesta "toile". De dentro, sentimos que o triptico de PN não " hard". O corpo esta ardido/fodido/perdido. PN escancarou-o para o "guardar".

Anónimo disse...

“Hardem”

"hard" o sexo
ainda mais as línguas
consoantes
nas vogais surdas/mudas
breves longas
abertas fechadas em
ditongos
crescentes descrescentes.

Anónimo disse...

...decrescentes

Anónimo disse...

"Bronze, Aço e Papel"

"un tableau est un objet qui nous regarde et nous transforme à notre tour en tableau"
Lacan

Anónimo disse...

TRIPTICO

I

Transforma-se o amador na coisa amada com o seu/
feroz sorriso, o dentes,/
as mãos que relampejam no escuro. Traz ruido
e silêncio. Traz o barulho das ondas frias/
e das ardentes pedras que tem dentro de si./
E cobre esse ruido rudimentar com o assombrado/
silêncio da sua ultima vida./
O amador transforma-se de instante para instante,/
e sente-se o espirito imortal do amor/
criando a carne em extremas atmosferas, acima/
de todas as coisas mortas.

...

Herbberto Helder, Ou o poema continuo, Assirio e Alvim, 2004.