terça-feira, 25 de setembro de 2007

Convite


(clicar na imagem para aumentar)

O Fórum Cultural O Estado do Mundo, uma iniciativa promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian a propósito das comemorações do seu 50º aniversário, integrou um ciclo de lições denominado A Urgência da Teoria, cujas participações são agora publicadas neste volume.

Pensadores de áreas tão diversas como a geofísica, a literatura ou a antropologia reflectem sobre a sociedade contemporânea e os pressupostos culturais, económicos, políticos e ambientais sobre os quais ela se organiza.

Uma leitura de referência para todos os leitores que pretendem questionar construtivamente os modelos por que se rege a comunidade humana. «É importante recordar que a porta da História não está aberta nem fechada. Situamo-nos no limiar entre a civilização e a barbárie, entre a guerra e o progresso. Temos de observar com coragem e honestidade as diversas paisagens do mundo contemporâneo que é o nosso para podermos prosseguir caminho. Não podemos perder nunca a grandiosa capacidade humana de manter a esperança a todo o custo, ainda que os ventos de mudança soprem com violência contra a porta da História e contra a nossa morada humana.» - HOMI K. BHABHA

3 comentários:

Unknown disse...

"a nossa morada humana "?

... tout est dit, et l'on vient trop tard ...

Salva-se o convite que é sempre uma primeira vez...

obrigada

Anónimo disse...

"a nossa morada humana.» doente

... Les régimes totalitaires et, d'une façon différente, mais symétrique, l'automatisation moderne de l'espèce prétendent arrêter, éradiquer ou ignorer la souffrance, pour mieux l'imposer comme moyen d'exploitation ou de manipulation. Il n'y a pas d'autre alternative à ces diverses formes de barbarie fondées sur le déni du mal-être, que de traverser indéfiniment la détresse: (...) pourtant, quand de nouveaux barbares ayant perdu la capacité de souffrir sèment la douleur et la mort autour de nous et en nous; quand la pauvreté s'accroît dramatiquement dans le monde globalisé face au cumul de richesses extravagantes qui ne s'en soucient guère, la compassion et la sublimation ne sont-elles pas d'un piètre secours? Certainement. Ce que je sais pourtant, c'est qu'aucune action politique ne saurait s'y substituer si l'humanisme - lui même en souffrance - ne se donnait pas les moyens d'interpréter et de réinventer " cette intelligence amoureuse" issue et inséparable de la compassion de l'Homme de douleur, et qui se confondrait avec le divin lui-même. Tel est le défi de l'ère planétaire, que je reçois comme une vocation passionnante et de longue haleine, et que nous ne pourrons relever qu'en essayant de penser et agir ensemble..."

Julia Kristeva "Souffrir", in " Cet incroyable besoin de croire", Bayard, 2007.

Anónimo disse...

Chegamos à cerimonia de apresentaçao de "A Urgência da Teoria" através de "Industrias culturais". Seria possivel tê-la aqui em melhores condições?

Obrigada