terça-feira, 12 de junho de 2007

Das imagens


© João Paulo Serafim / José Manuel Silva

Estreia hoje Ensaio, uma encenação de Victor Hugo Pontes a partir de textos de Susan Sontag, com fotografias de João Paulo Serafim. Às 21h30, no Auditório 3. Repete amanhã e quinta-feira, às 19h.

2 comentários:

Anónimo disse...

Estiva para não ir porque me afligia uma ferida num dedo do pé direito, mais prosaicamente um calo. Alguém me disse porém que eu iria lamentar, se soubesse. E então eu fui, apesar de ... Ensaio reitera Keats: A thing of beauty is a joy forever.Beleza, inteligência, beleza da inteligência a processar-se, ou da arquitectura, montada passo sobre passo, fragmento a fragmento. Intensidade de cada passo. Intensidade e inteligência que não se excluem, antes se sublinham, intensidade até do vazio, do momento da ausência de imagem, da palavra a olhar um ecrã em branco que valeu por mil imagens; humor também, muito, de extremo bom gosto. Entretecido tudo na música. A certa altura, pareceu-me Górecki, na voz de Dawn Upsaw (vi no fim e era, comovi-me). Uma apropriação magnífica dos textos de Sontag. A meio, faz-se notar um antes e um depois de ter visto uma imagem de Dachau. Ensaio é todo um percurso sobre a história e as questões, teóricas e não só, que a fotografia coloca, ao mundo ou no mundo, é um devolver iluminado da obra de Susan Sontag. É um saber olhar com ela (e com todos eles, plástica e dramaturgicamente) o mundo pulverizado em mundos e tornado (ir)real mesmo depois de uma imagem-prova. A fusão perfeita entre a dimensão estética e social, também enquanto ética da responsabilidade. Parabéns a todos e obrigada (mesmo aflita, vou tentar ir outra vez...)

Anónimo disse...

a menina dança?

é estranho, agora so temos êxtases miméticos em cadeia.começa a cansar tanta beleza, aqui, assim. e enjoo. e não so. é o romantismo a "la page". daqui a pouco estamos em soares dos passos.com tanto passo sobre passo.sem par.ai que eu bem conhecia a musica!
tudo muito hiperbolicamentamente sentido, bem fundido. ele é o magnifico, a intensidade do vazio, das ausências, das inteligências. tudo a brilhar.. é o vazio que se ilumina, é o palco reverbero e nem falta a justiça social pulverizada no estético e no ético, tudo bem misturado e devolvido. da para a outra vez. para o proximo espectaculo. baralho e deito de novo.tudo de extremo bom gosto. é o que faz falta.prosaicamente falando.