segunda-feira, 28 de maio de 2007

Preceitos

Não há nenhuma vontade de fazer sínteses das Lições que foram acontecendo, até porque tal atitude seria redutora da diversidade e das pluralidades enunciadas nas primeiras duas semanas de Grandes Lições. No entanto constatei ser comum a Medhi Belhaj Kacem, a Bernard Stiegler e a Paul Gilroy um investimento na educação – re-educação, dizia Gilroy – e na "atenção", no "tomar cuidado" como preceitos ideológicos, políticos e éticos. Como o fazer? Com que instrumentos? Como difundir esta premissa ética de modo a que tal não apareça apenas e injustamente como uma ideia romanticizada?

APR

3 comentários:

Anónimo disse...

I - Pegando no comentárioa de APR ao em-comum de Medhi Belhaj Kacem, Bernard Stiegler e a Paul Gilroy, apetece-me, por um lado, concordar, por outro estender a nota: sublinhar o que me parece ser contíguo entre a afirmação do 'infinito' convocado dor Kacem como sobrevivência in extremis ao nihilismo (a urgência de transcender sem se cair numa totalidade); ao 'soin'/'faire attention' / 'take care' de Stiegler; a 'convialidade',o contacto convivial como contra-história pós-colonial
(menciono literalmente o parêntisis que abro: o dito fica anulado se se convocar Marc Ferro e o 'ressentimento' como motor da História. Mas até este acredita em 'milagres', improváveia mas possíveis como o da Àfrica do Sul)(cont.

Anónimo disse...

concordamos com o perigo dos romantismos.
Eça aplicou-se a demonstra-los e a liçao nem ele serviu.ficou a intençao, o aviso. os males perduram. é verdade.
" tomar cuidado", sim.
mas temos de conviver com ele ( romantismo).
dizem os "experts" que é um
sentimento trans historico!
temos então de (con)viver com ele.
Como?

Tomando cuidado...

Anónimo disse...

Bernard Stiegler tentava ontem na France 3 apresentar os preceitos ideolgicos de que fala APR: " "prendre soin" dizia ele e com isso irritou toda a gente na mesa.
Ele queria continuar e tentava: esquerda direita são conceitos que nasceram com a Revoluçao Francesa, a politica vem de muito longe!
J. Julliard do Nouvel Observateur, indignava-se. E BS calou-se abafado por BHL.
Em Lisboa ouviram-no com atenção penso...
Em França havia muito ruido.

Ninguém é profeta na sua terra...