terça-feira, 30 de outubro de 2007

Pulgarcito



Cual es el contenido de la palabra dios? - ninguno
Cual es el contenido de la noche? - el estar siendo.
El de la eternindad? - el estar siendo.
El del universo? - el estar siendo.
El de la tierra? - el estar siendo.
Cual es el contenido de lae humane? - el estar siendo.
El de su ser? - el estar siendo.
El de su sentir? - el estar siendo.
El de su tiempo, la eternindad? - el estar siendo.
Porque tuvo que haberme creado algo?
Que creo la noche?
Que algo fuera de la noche, fue que la creo? - nada.
Que creo la eternidad?
Que algo, fuera de la eternidad, fue que la creo? - nada.
Que creo a el universo?
Que algo, fuera del universo, fue que lo creo? - nada.
Que creo la tierra?
Que algo, fuera de la tierra, fue que la creo? - nada.
Que creo lae humane?
Que algo, fuera de lae humane, fue que la creo? - nada.
Porque tuvo que haberme creaddo algo?
Que algo fuera de mi, fue que me creo?
nada.

(Poesia en la Noche, por Pulgarcito)

Sebastián Díaz Morales (Comodoro Rivadavia, 1975) conheceu Ricardo Barrientos, também argentino e conhecido por "Pulgarcito", em Buenos Aires, no final dos anos 90. Barrientos vivia e escrevia os seus poemas na rua. Morales acompanhou-o nas suas experiências durante algum tempo e filmou as suas deambulações. O poeta "marginal" abandonou o seu país de origem quando uma instituição de saúde mental perdeu os seus escritos, que era tudo quanto possuía de material. Vai para Paris onde mais tarde volta a ter problemas, desta vez com a polícia. Barrientos morre em consequência de complicações cardíacas durante o processo de deportação.

NOWHERE (1997-2005), a instalação de vídeo e som de Sebastián Díaz Morales, consiste numa tripla projecção sobre parede de gesso gravada com poemas de Pulgarcito. Ao lado encontra-se uma caixa de vidro que contém alguns escritos originais. Uma homenagem?

Para Adnan Yildiz trata-se de «uma cinematografia específica, sobrepondo muitas camadas cinemáticas de modo a confrontar o público com a realidade de Barrientos. Barrientos aparece e desaparece em sequências de desvanecimento progressivo, e os seus poemas e escritos revelam-se. Não se trata apenas de uma história triste; é uma
transformação da existência humana.(...)NOWHERE não constitui uma representação nem uma reflexão sobre Barrientos; é um sonho hiper-realista sobre um homem que é ficcionado pelos seus próprios escritos.»

(do catálogo)

2 comentários:

Anónimo disse...

J'AI COUPE DU BAMBOU:
pour toi mon fils.
J'ai vécu.

Cette cabanne emportée
demain elle
tient.

Je n'ai pas construit avec toi: tu
ne sais pas
dans quellles urnes je metais
le sable autour de moi, il y a des années, sur
ordre et commandement. Le tien
vient de l'étendue libre - libre,
il demeure.

Le roseau, qui prend pied ici, demain
tiendra encore, où que tu sois,
au gré de ton âme, emporté, dans le non- lié.

Pual Celan, La rose de personne, Seuil, 2007, p.103.

Anónimo disse...

J'AI COUPE DU BAMBOU:
pour toi, mon fils.
J'ai vécu.

Cette cabane, emportée
demain, elle
tien.

Je n'ai pas construit avec toi: tu
ne sais pas
dans quelles urnes je mettais
le sable autour de moi, il y a des années, sur
ordre et commandement. Le tien
vient de l'étendue libre - libre,
il demeure.

Le roseau, qui prend pied ici, demain
tiendra encore, où que tu sois,
au gré de ton âme, emporté dans le non-
lié.

Paul Celan, La rose de personne, Seuil, 2007, p.103.