quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Plataformas

Agradecemos a todos os que participaram, comentaram, deram sugestões e fizeram referências na internet ao O Estado do Mundo. O blogue termina aqui. Foi em conjunto com o site um instrumento importante na divulgação do programa deste fórum cultural.

Até breve.

APR/SP

5 comentários:

Anónimo disse...

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007
"Plataformas"

Na despedida,
com pena da partida, temos de dizer que este Blog foi uma janela clara sobre « O Estado do Mundo ». Por ela pudemos acompanhar de uma forma outra os acontecimentos das Comemorações do Cinquentenário da Fundação. Uma janela informada - límpida de inteligência -, de trabalho persistente, pelo amor da partilha, no cuidado com todos. "Um Acontecimento" a juntar aos que compõem o “Atlas ».
Muito obrigada.
Até breve.
GF

Anónimo disse...

"Plataformas"

Interpelativo até ao fim mesmo nos pequenos detalhes, que não o são: "
continue a ler:" ( continuámos (!)).
Parabéns!
Até breve

Anónimo disse...

- 6 de Outubro de 2006 – 31 de Outubro de 2007 -

« Durante um minuto permaneceremos desconcertadamente juntos.
Perguntas a ti mesmo em que língua hás-de falar.
És jovem, e talvez te esqueças de que o Império vive apenas
nos sons puros das vogais que te ofereço acima do ruído. »

Poema de Eunice de Souza, poetisa indiana, lusodescendente,

Ouvimos as palavras de Eunice de Souza ditas por António Pinto Ribeiro na abertura de « O Estado do Mundo », e é no final que as colhemos, inteiras, nos acontecimentos que configuraram o OEdM. As palavras de Eunice de Souza sustentam O Estado do Mundo, mas no início nao o poderíamos saber. Nem António Pinto Ribeiro, seu Programador Geral, porque ninguém tem o poder de ver antecipadamente o acontecer, nem os poetas, que so pelo concreto tocam o sonho. "A Ilha dos Amores" emerge da obra realizada. António Pinto Ribeiro é com certeza o primeiro a espantar-se, no final da viagem, com a obra feita. Com ele estamos todos - aqueles que amaram e continuam a colher os frutos de OEdM.

Obrigada.

Anónimo disse...

Noutras plataformas:

Lembro-me de ter lido, na passagem do século, numa revista francesa de ciências humanas, um levantamento das ideias que tinham revolucionado o séc XX. Entre elas aparecia o conceito de "récit" de Ricoeur. Intrigou-me, quis perceber. Na minha ignorância, "récit" existia desde que o homem comunica. Esquecia os famosos instrumentos criados pelo estruturalismo linguístico-literário para o estudo"científico" da Literatura - as famosas categorias da narrativa - talvez por estar tão « afundado » na tentativa da sua aplicação « a frio ».
De entre todos os conceitos referidos na dita revista, escolhidos em função da sua pertinência na mudança do nosso modo de ver e de estar no mundo, foi este o único que guardei, fascinado por, na sua simplicidade, ele ser o responsável da revolução nas representações que de nós fazemos.
Toda este arrazoado ingénuo para agradecer a APR a sua participação na História da Fundação CG ( extractos lidos em " Obscena" . Nesta pequena amostra tive a experiência clara da força do "récit".
APR documentou-se para contar a História da Fundação como qualquer um que se tivesse proposto realizar seriamente a tarefa. « Os acontecimentos, tempos, factos, os autores » não mudam, aconteceram. Mas o que muda com certeza é o modo de os olhar, e de os dizer. E é nesse olhar e nesse dizer que o passado pode acontecer agora no presente, num "récit" cujo "narrador" tem perfeita consciência de que vai entrar como protagonista. A sua "voz" faz "história" . E o leitor, que perdeu há muito a ilusão da « verdade » do « récit », pode escolher o narrador consoante a voz.
Assim estou eu : a história de CG conhecia-a, por certo mal, mas não é o trabalho de pesquisa que me seduz. Não. É o "récit".

Anónimo disse...

Reconhecimento
Somos um entre os milhares de leitores que visitaram este blogue. António Pinto Ribeiro dizia, já não sei onde, que em Portugal nao há o habito de comentar um acontecimento artistíco pelo puro prazer da comunicação. Ficamo-nos pelo gosto, nao gosto, é giro, é bonito, e ponto final. A FCG é muitas vezes acusada de centralizar as manifestações que cria. Surpreende-nos que tendo sido este Blogue tão visitado, os comentários não tenham naturalmente acompanhado as visitas.
Esperava-se que com esta janela surgissem comentários, gostos, opiniões, simples notas – reacções ao trabalho apresentado - , mas isso ao aconteceu. Sei que isso não significa falta de interesse dos visitantes, mas quer dizer que a situação de que fala APR se mantém : as pessoas receiam comunicar, dar a sua opinião, manifestar o seu agrado, ou desagrado : têm medo, preferem não deixar rasto. Se não, por que passaram ao longo de um ano por aqui - e continuam a passar - silenciosos ?

Decidimo-nos por este comentário, por pensar que foi uma oportunidade desperdiçada. Principalmente na última Pataforma, em que o Blogue se mostrou como uma « performace » das muitas possíveis de UAdA Para nós ele foi uma entrada obrigatória – propedêutica - à exposição real. Como poderemos lá chegar, e ver numa hora, um trabalho cuja realização levou anos a artistas e curadores?

Pode-se olhar e guardar de muitas maneiras. Pode-se ir a uma exposição e guardar só uma obra.
Sabemos que sim.
Nós fazemos parte daqueles que quando chegaram ao UAdA se sentiram re-conhecidos e quiseram olhar/guardar tudo.