quarta-feira, 23 de maio de 2007

DESCOLONIZARMOS ainda


Miguel Vale de Almeida, ontem na FCG

Lição límpida, elegante, mas assertiva: da urgência de descolonizarmos e desnacionalizarmos as categorias com que «outrificamos» os imigrantes e definimos, hoje, a diferença. Etnia, raça, língua e nacionalidade, são conceitos historicamente carregados de um colonialismo conceptual (alguém resumiu assim, depois, na plateia), que impingem à diferença, automaticamente, a assimetria e a desigualdade.

Pôr em causa as nossas autorepresentações (a ideia de lusofonia e de luso-tropicalismo que nos confortam o «nós»), mas também as dos «outros» que – sem paternalismos – para deixarem de o ser, não poderão entrar no jogo da incorporação das categorias culturais reificadas e portadoras de desigualdade com que são pensados.

Maria Cardeira da Silva, Antropóloga

1 comentário:

Anónimo disse...

Félicitations!